Para Zanone de Oliveira Júnior, julgar o ex-policial sozinho será rápido.
Advogado disse que terá ‘todo o tempo que precisar’ para defender o réu.
Os defensores do réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, comemoraram a permanência do advogado Leonardo Diniz no júri do Caso Eliza Samudio, na tarde desta segunda-feira (19). Ele defende Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e voltou atrás da decisão de abandonar o julgamento.
Zanone de Oliveira Júnior afirmou que a continuidade de Macarrão como réu no julgamento pode facilitar a inocência de Bola no caso Eliza Samudio. Ele cerrou os punhos em vibração semelhante a de um torcedor de futebol comemorando um gol. “O Ministério Público disse que o Bola foi contratado pelo Bruno e pelo Macarrão para matar a Eliza. Se eles forem inocentados, quem contratou o Bola? Jesus? Se os dois forem condenados, vamos separar a situação de Esmeraldas com a de Vespasiano. Pode ter ocorrido o crime, mas foi em outro lugar”, disse.
Ele voltou a apresentar a justificativa para desmembrar o processo. “Uma estrutura desse tamanho, 200 policiais, diz que tem comida para todo mundo, tem hotel para os jurados; a defesa quer falar? Deixa falar. O promotor quer falar? Deixa falar. Uma hora o processo vai acabar. Ela tentou limitar nosso tempo em 20 minutos. No julgamento do Bola da semana passada, quando nós o absolvemos, a defesa falou de quatro a cinco horas. Qual a vantagem de ela limitar em 20 minutos o nosso tempo?”.
Júnior afirmou que a juíza tem “má vontade” com ele e com os integrantes da defesa de Bola desde outros julgamentos em que eles foram vencedores. “A juíza indefere todos os pedidos da defesa, então, faz o julgamento sozinha. Se ela acha que a gente não vai voltar a defender o Bola, ela está enganada. Está cedo para falarmos sobre isso. Quem escolhe advogado é o réu.”
A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues retomou, na tarde desta segunda-feira (19), o júri popular do caso Eliza Samudio e disse que o réu Bola não aceitou ser representado por um defensor público após o abandono dos defensores dele. Com isso, Bola terá dez dias para nomear um novo advogado.
“O Ministério Público disse o Bola foi contratado pelo Bruno e pelo Macarrão para matar a Eliza. Se eles forem inocentados [no júri do caso Eliza], quem contratou o Bola? Jesus? Se os dois forem condenados, vamos separar a situação de Esmeraldas com a de Vespasiano. Pode ter ocorrido o crime, mas foi em outro lugar”, encerrou Júnior.
O julgamento
O júri popular do caso Eliza, realizado no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG), tem previsão de durar ao menos duas semanas. Sete jurados vão decidir o destino dos réus pelo cárcere privado e morte da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes de Souza, que atuava pelo Flamengo, acusado de ser o mandante do assassinato. Para a Promotoria, o atleta arquitetou o crime para não ter de reconhecer o filho que teve com Eliza nem pagar pensão alimentícia.
Além de Bruno, estão no banco dos réus Macarrão, amigo do goleiro; Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno; e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro.
Com informações do G1
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