Os R$ 113 milhões disponibilizados no orçamento da empresa para o Oeste são destinados à construção de subestações e linhas de distribuição em alta (138 kV) e média (34,5 kV) tensão
Luiz Francisco
Com informações do Correio
Até o final do ano que vem, a Coelba vai investir R$
113 milhões no Oeste da Bahia, um dos maiores polos agrícolas do
Brasil. O valor contempla o aumento da oferta e melhoria da qualidade da
energia elétrica, ampliação do sistema e rapidez no atendimento, de
acordo com o presidente da companhia, Moisés Sales. “Nós sempre estivemos atentos ao crescimento do
agronegócio e à sua importância para o desenvolvimento da Bahia”,
afirmou Sales.
Os R$ 113 milhões disponibilizados no orçamento da
empresa para o Oeste são destinados à construção de subestações e linhas
de distribuição em alta (138 kV) e média (34,5 kV) tensão.
O Oeste da Bahia concentra, de maneira folgada, a
fatia mais expressiva do agronegócio no estado, respondendo por mais de
80% da produção de grãos, com matriz diversificada, tecnificada e muito
qualificada.
Cerrado
Isso se dá de modo especial pela existência de amplas áreas de cerrado e com boas condições de produção, que faz crescer a ocupação e permite ampliar cada vez mais o desenvolvimento dessa área.
Isso se dá de modo especial pela existência de amplas áreas de cerrado e com boas condições de produção, que faz crescer a ocupação e permite ampliar cada vez mais o desenvolvimento dessa área.
Com 39 municípios, a região do oeste baiano
tem população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em quase 1 milhão de habitantes. Os produtores
costumam reclamar tanto da oferta quanto da qualidade no fornecimento de
energia.
O cerrado abrange aproximadamente 6 milhões de
hectares. Do total, no momento, 2,25 milhões são utilizados para a
agricultura, enquanto os cálculos indicam que mais de 3 milhões sejam
agricultáveis. Nos seus chapadões planos, pratica-se agricultura
empresarial e intensiva, destacando-se as produções de soja, algodão,
milho e café.
Na área de Formosa do Rio Preto, o investimento é de
R$ 44,6 milhões. As obras para construção da Subestação São Marcelo, da
linha de alta tensão 138 kV Rio Branco/São Marcelo e da linha de média
tensão 34,5 kV São Marcelo, estão na fase de licenciamento ambiental.
Além disso, nessa região, será construída nova
entrada de linha 138 kV e implantado novo reator na Subestação Rio
Branco, equipamento que proporcionará maior qualidade nos níveis de
tensão para as cargas atendidas, segundo a empresa.
Para a região de Luis Eduardo Magalhães, o volume
chega a R$ 12,3 milhões. Já foram concluídas as construções das
subestações Mundo Verde e São Desidério e da linha de média tensão Mundo
Verde. Além disso, também em construção a terceira entrada de linha
34,5 kV na Subestação Roda Velha e implantação de novo reator na
Subestação Rio Grande. Com projeto concluído, serão iniciadas e
entregues ainda este ano as obras de construção da entrada de linha 138
kV na Subestação Rio das Pedras.
Na região de Pratudão, a Coelba destinou R$ 22
milhões em obras realizadas desde o início do ano passado, como a
construção da Subestação Rio Itaguari e a linha de alta tensão Rio
Formoso/Rio Itaguari. Atualmente, encontra-se em fase de obras a linha
de média tensão Itaguari, a Subestação Pratudão e a linha de média
tensão Pratudão.
Na área de Correntina, estão sendo investidos R$ 7,7
milhões para introdução de 138 kV na Subestação Rio das Éguas. O
projeto já foi concluído e a previsão de entrega desta obra é até o
final deste ano. “Com todas essas obras, a região Oeste ficará muito bem
servida de energia. Mas é importante lembrar que o trabalho de
ampliação da rede é permanente, porque a Coelba somente vai crescer se a
Bahia se desenvolver”, disse Sales.
Investimentos Gerais
A Coelba, empresa do Grupo Neoenergia, destinou em seu orçamento R$ 1,3 bilhão para investir este ano no sistema de distribuição de energia elétrica em todo o estado. O valor representa evolução de cerca de 20% em relação ao investido em 2011.
A Coelba, empresa do Grupo Neoenergia, destinou em seu orçamento R$ 1,3 bilhão para investir este ano no sistema de distribuição de energia elétrica em todo o estado. O valor representa evolução de cerca de 20% em relação ao investido em 2011.
Os recursos foram aplicados principalmente em obras
de expansão de rede, construção de novas subestações, manutenção,
melhoria e modernização do parque elétrico, além da ligação de novos
consumidores nas zonas rural e urbana.
Do total, aproximadamente R$ 430,8 milhões foram
destinados a expansão e renovação da rede de distribuição; R$ 20,7
milhões aplicados em automação e telecomunicações para o sistema
elétrico; R$ 813,6 milhões direcionados às obras de ligação de novos
consumidores do campo e da cidade; R$ 29,4 milhões transferidos para
instalações gerais, destacando-se a renovação da frota de veículos e
ações na área de infraestrutura; e R$ 6,7 milhões voltados para projetos
especiais, a exemplo do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento.
Safra ainda maior para 2013
O Oeste da Bahia deverá plantar, na safra 2012/13, 2,25 milhões de hectares, com crescimento de 8% em relação a 2011/12. Segundo dados do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), serão cultivados 1,28 milhão de hectares com soja, 235 mil hectares com milho e 266 mil hectares de algodão, este com redução de área de 31% em relação à safra 2011/12.
O Oeste da Bahia deverá plantar, na safra 2012/13, 2,25 milhões de hectares, com crescimento de 8% em relação a 2011/12. Segundo dados do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), serão cultivados 1,28 milhão de hectares com soja, 235 mil hectares com milho e 266 mil hectares de algodão, este com redução de área de 31% em relação à safra 2011/12.
O saldo remanescente da área plantada inclui outras
culturas, como café, feijão e frutas. A explicação para a redução da
área plantada com algodão se deve basicamente à queda nos preços da
commodity e ao aumento nos preços da soja.
Se a expectativa do Conselho da Aiba se confirmar, o
cerrado baiano produzirá em torno de 4 milhões de toneladas de soja, 1
milhão de toneladas de algodão em capulho (427,5 mil toneladas de pluma)
e 2,2 milhões de toneladas de milho. O café terá produção de 35 mil
toneladas e sua área se manteve estável em 13 mil hectares. Ao todo, a
região deverá colher 7,24 milhões de toneladas de grãos e fibras.
Nove municípios formam esse ambiente, estando à
frente, em área, Formosa do Rio Preto, com 16.185 km², e São Desidério,
com 14.820 km². Este é também o maior produtor de algodão do Brasil em
área plantada. O polo sedia igualmente a maior cidade da região,
Barreiras, e o denominado Centro do Agronegócio, o município de Luis
Eduardo Magalhães.
Outra área característica da região é o chamado
Vale, onde predominam as culturas de subsistência, como mandioca, milho,
arroz, feijão e fruticultura, bem como a pecuária, que está se
expandindo.
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