11 de dez. de 2012

PT - Crise política em Serra Dourada, causa decepção aos eleitores

O novo prefeito de Serra Dourada nem bem assumiu e já tem gente preocupada com os primeiros passos dados por ele em direção à futura administração que vai comandar.

Eleito pelo Partido dos Trabalhadores, o empresário Milton do Laticínio se viabilizou como candidato graças a um acordo feito com Zilmar Monteiro, a principal liderança do partido no município, eleito vice prefeito.

Dizem em Serra Dourada que Zilmar abriu mão de uma candidatura com todas as chances de se tornar vitoriosa, por insistência de Milton que anunciava dispor de recursos para gastar na campanha.

Ao revelar os nomes dos integrantes da Comissão de Transição, Milton desagradou a muita gente e cravou nomes nos quais deposita total confiança.

Aliados do vice dizem que além de não consultar a ninguém com quem teve acordo político, o prefeito teria também ignorado a outro aliado de peso, o sócio, Jeovah Moreira, responsável pela metade do financiamento da campanha.

Há quem aposte que o rompimento logo virá. Será ?

Zilmar nega rompimento mas admite crise em Serra Dourada
Vice prefeito eleito em Serra Dourada e presidente do Partido dos Trabalhadores, Zilmar Monteiro admite que existe uma crise que o afasta do prefeito, Milton Frota, mas descarta a possibilidade de rompimento, pelo menos por enquanto. “ O futuro a Deus pertence “ diz ele ao lembrar a existência de um acordo que não está sendo cumprido pelo prefeito eleito. 

Leia a entrevista na íntegra.

 
Repórter - O que está havendo em Serra Dourada ?


Zilmar Monteiro
- Em que sentido ?


Reporter
- Política, composição de governo, dizem que há crise, que você e Milton estão rompidos :


Zilmar
- Vamos por partes. Rompimento é uma coisa forte e so poderemos admiti-lo a depender dos acontecimentos. Como ele (Milton) afirma que esta tudo certo, temos que agaurda o cumprimento do acordo. Fomos eleitos em cima de um projeto de mudanças ancorado por um partido político respeitável e com grandes responsabilidades, o Partido dos Trabalhadores.


Repórter
- É verdade que houve um acordo entre você e Milton para que vc abrisse mão de sua candidatura ? Se houve o acordo não está sendo cumprido?


Zilmar
- Sim, é verdade. Houve um acordo, embora de inicio, como todos sabem, eu tivesse resistências.


Repórter
- Porque ?


Zilmar
- Tinha receios que o projeto do PT não fosse preservado, respeitado.


Repórter
- Porque ?


Zilmar
- Milton não votou com o PT na eleição para deputado federal e estadual, apesar de filiado ao partido. Suas relações sempre foram muito próximas a adversários nossos regionalmente. Tudo isto gerava desconfianças nas lideranças do nosso partido, locais e estaduais.


Repórter
- Mesmo assim o acordo foi feito. Quais os termos ?


Zilmar
- A pergunta deveria ser feita ao Milton e ao Jeovah.


Repórter
- Jeovah ?


Zilmar
- Sim, ele estava presente no encontro de Santa Maria e, aliás, é bom que se diga que ele foi fundamental para que o acordo fosse concretizado. Sem o seu aval não teriamos feito. Já imaginava que poderia dar problemas.


Repórter
- Mas é verdade que o acordo envolvia três secretárias ?


Zilmar
- Envolvia a secretarias de Educação, Obras e Saude. As duas últimas foram acertadas com o vereador eleito, Edgar Neno e a de saúde, com a ex secretaria Nice Lopes.


Mas é importante dizer que o acordo funcionava como uma garantia para a execução do projeto do PT. A área educacional é uma das prioridades do nosso partido por isso nos fixamos nessa área. Nos demais casos dei o meu aval.


Repórter
- E o que está ocorrendo. O acordo não está sendo cumprido?


Zilmar
-De minha parte, sim. Para mim, acordo em política é coisa séria. Na política e na vida. Quem assume acordo e não cumpre não pode ser levado a sério. Quem vai confiar em quem diz uma coisa hoje e amanhã muda de palavra. Por isso dizem que a política é nojenta, que está cheia de canalhas. O problema não é a política, o problema são alguns homens que fazem política.


Repórter
-Dizem que Milton afirma não haver o acordo.


Zilmar
- Mas ele foi feito, sim.


Repórter
- É verdade que tem gravações em que esses e outros temas explosivos são tratados ?


Zilmar
– Sim.


Repórter
- Imaginemos que se o tal acordo não for mantido, você romperá com Milton.


Zilmar
– O futuro a Deus pertence. Não sou movido por vaidades pessoais nem cargos. Sou funcionário público federal, trabalho na Câmara dos Deputados. Vivo bem com o que ganho. Quero dar minha contribuição para tirar a minha cidade e o nosso povo do atraso a que estão submetidos. Com cargos ou sem cargos tenho consciência da minha responsabilidade com o PT e da minha postura como homem público e do compromisso com os meus companheiros. Posso trabalhar por Serra Dourada sem cargos. Tenho feito isto a vida toda. Fiz isto quando muitos ficavam de cócoras em busca de favores e vantagens pessoais. Sou um homem honrado. Pergunte isto ao nosso povo. Não sei se alguns terão a mesma segurança de afirmar o que digo.


Além do mais temos que reconhecer que ao votar em mim e no Milton, o povo votou mesmo foi PT e isto creio, não esta sendo considerado.
Fonte: blog Oestedabahia

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